domingo, 29 de junho de 2025

Série João Batista o pregador do deserto (10)

 Por: Jânio Santos de Oliveira

 Pastor e professor da Igreja evangélica Assembléia de Deus em Santa Cruz da Serra

 Pastor Presidente: Eliseu Cadena

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Email ojaniosantosdeoliveira@gmai.com




Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Estamos concluindo esta série de conferências sobre João Batista com o seguinte tema:


Por que João  Batista teve uma morte tão precoce?

A prisão de João Batista

A Bíblia diz que Herodes Antipas, o tetrarca da Galileia e da Pereia, mandou prender João Batista. O próprio texto bíblico revela qual foi a principal motivação da prisão de João Batista: Herodes Antipas mandou prendê-lo por causa de Herodias (Mc 6:17).

Alguns comentaristas sugerem que talvez também fizesse parte dessa motivação a desconfiança de que João Batista poderia representar alguma ameaça popular ao poder de Herodes Antipas. Seja como for, tudo o que envolveu a morte de João Batista esteve diretamente relacionado à pressão de Herodias.

A Bíblia também explica por que Herodias queria ver João Batista morto. Essa mulher havia sido casada primeiramente com Herodes Filipe, seu meio-tio e também meio-irmão de Herodes Antipas. Desse casamento nasceu Salomé, uma mulher que não citada nominalmente na Bíblia, mas é chamada simplesmente de “filha de Herodias”.

Aconteceu que Herodes Antipas e Herodias acabaram se apaixonando. Os dois se separaram dos seus cônjuges e não demorou para que Herodes Antipas se casasse com sua própria cunhada. Quando João Batista soube disso, reprovou a atitude de Herodes Antipas e começou a repreendê-lo reiteradamente. João dizia: “Não te é lícito possuir a mulher de seu irmão” (Mc 6:19).

Com tal denúncia, João Batista acusava o governante de ser um adúltero e incestuoso (Levítico 18:16; 20:21). A reprovação de João acabou deixando Herodias completamente irada. Foi esse o contexto de sua prisão.

Mas Herodias também não estava satisfeita com o fato de João Batista ter sido encarcerado. Ela queria mais. Na verdade ela odiava o profeta e queria matá-lo a qualquer custo. O problema é que Herodes Antipas temia João Batista. Ele sabia que João era inocente; além disso, ele também sabia que João Batista era aclamado pelo povo como sendo um profeta (Mt 14:5; Mc 6:20).

 

O desejo pela morte de João Batista

O desejo de vingança da mulher de Herodes Antipas não foi aplacado. Provavelmente depois de cerca de pouco mais de um ano de prisão, João Batista terminou sendo levado à morte. A festa de aniversário de Herodes Antipas foi o evento que desencadeou a morte de João Batista.

Herodes Antipas promoveu um grande jantar que contou a presença de pessoas muito importantes da época. Num certo momento da festa, talvez já no final quando todos estavam embriagados, a filha de Herodias entrou na presença de Antipas e dançou para ele. Todo o contexto indica que aquela foi uma dança sugestiva, carregada de erotismo. Então envolvido e impulsionado pela situação, Herodes Antipas disse para moça que lhe daria tudo o que ela quisesse.

A jovem saiu e foi se aconselhar com sua mãe, que lhe disse para pedir a cabeça de João Batista. Então rapidamente a jovem foi ter com Herodes Antipas e fez o sinistro pedido: “Quero que, sem demora, me dês num prato a cabeça de João Batista” (Mc 6:25).

O imediatismo empregado no pedido da jovem deixa claro que o plano era para que João Batista não pudesse escapar da morte; bem como o próprio Herodes Antipas da promessa que havia feito. Em outras palavras, literalmente ela pediu: “Quero a morte de João Batista aqui e agora”.

A Bíblia diz que Herodes Antipas ficou muito entristecido com o pedido pela morte de João Batista. É provável que essa tristeza tenha sido uma mistura de certa admiração pessoal por João, com o medo da reação popular. De qualquer forma, seu orgulho lhe impediu de declinar do pedido da moça.

A morte e o sepultamento de João Batista

Então rapidamente Herodes Antipas mandou um executor decapitar João Batista. Tudo indica que o cárcere de João Batista estava localizado no próprio palácio de Herodes. Portanto, conforme o pedido da jovem, sem demora a cabeça de João Batista foi trazida num prato. Ela recebeu o presente macabro e entregou à sua mãe.

Quando a morte de João Batista foi anunciada aos seus discípulos, tão logo eles foram buscar seu corpo e o sepultaram. A Bíblia não esclarece o local de seu tumulo. João Batista morreu ainda jovem, mas cumpriu integralmente o papel para o qual foi escolhido por Deus. Ele verdadeiramente preparou o caminho para Cristo. Mateus escreve que Herodes Antipas parece ter ficado tão perturbado, que depois acabou pensando que Jesus Cristo fosse João Batista ressuscitado dos mortos (Mt 14.2).



Série João Batista o pregador do deserto (9)

 Por: Jânio Santos de Oliveira

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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Vamos abordar agora o seguinte tema:

IX.              João Batista relativizou a verdade com os seus seguidores?

João Batista, fez um discurso firme e duro às autoridades, como o rei Herodes Antipas. Sua mensagem era de arrependimento, advertindo sobre o reino de Deus que se aproximava. João Batista criticava abertamente o rei e as autoridades por seus vícios e comportamentos inadequados, alertando sobre o julgamento divino que se aproximava.

João Batista foi um profeta que desafiou as autoridades religiosas e políticas da época, pregando a necessidade de arrependimento e batismo para preparo para o reino de Deus. Sua mensagem foi direta e incisiva, confrontando a situação política e moral da época.

Malaquias foi o último profeta do Antigo Testamento. A geração apóstata do período pós-exílico questionava a promessa da vinda do Messias. Malaquias diz que o Eterno vai enviar seu mensageiro, mas quando ele vier, trará juízo para os impenitentes. Essa profecia foi anunciada 400 a.C (Ml 3.1). As palavras “mensageiro” e “voz” referem-se a João Batista, o profeta que Deus enviou para preparar o caminho para o seu Filho.

Veremos a seguir, quais as credenciais deste homem de Deus:

Primeiro, ele vai adiante do Senhor, abrindo o caminho (Mc 1.2).

Como um emissário do rei, ele vai removendo o lixo e os obstáculos do caminho, tapando os buracos da estrada para a chegada do Rei.

Nos tempos antigos, antes de um rei visitar qualquer parte do seu reino, um mensageiro era enviado para preparar o caminho. Isso incluía a reparação de estradas e a preparação do povo.

João Batista preparou o caminho do Senhor ao conclamar a nação ao arrependimento. Sua tarefa era preparar o coração das pessoas para receber o Messias. Ele claramente exaltou a Jesus e não a si mesmo (Mc 1.7; Jo 3.25-30). Ele reconheceu a superioridade de Cristo quanto à sua pessoa e quanto à sua missão.

Onde está a mensagem do arrependimento em nossas igrejas? Onde estão os arautos que irão endireitar o caminho para a chegada do Messias?

Segundo, ele é a voz que clama do deserto (Mc 1.3).

João Batista, embora da classe sacerdotal, foi chamado por Deus para ser profeta. Ele não prega no templo nem nas praças da cidade santa para a elite judaica. Ele prega no deserto da Judéia, nas terras ruins e onduladas localizadas entre as montanhas e o Mar Morto. Ele não é um eco, é uma voz. Ele é boca de Deus. E você leitor [a] é um eco, ou uma voz ? Será que a Palavra de Deus é verdade em sua boca (1 Rs 17.24)? Temos visto nestes últimos dias verdadeiros clones de pregadores e cantores!

João Batista escolheu pregar no deserto por quatro razões: distanciar-se de qualquer distração, chamar a atenção do povo, romper com a hipocrisia dos líderes religiosos que preferiam o conforto e o “glamour” do templo e cumprir a profecia de Isaías.

Terceiro, ele prepara o caminho do Senhor (Mc 1.3)

O trabalho de João Batista era preparar o caminho para Jesus. O verbo preparar está no imperativo, representando que João está falando como um general aos seus comandados. Nesta preparação, João Batista fez quatro coisas importantes:

a) Ele aterra os vales. Um vale é uma depressão que separa dois montes. João Batista veio para unir o que estava separado. Ele veio para converter o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos aos pais.

b) Ele nivela os montes. Os montes falam da soberba e incredulidade. Esses montes são obstáculos no caminho. Eles precisam ser removidos pelo arado da Palavra de Deus.

c) Ele endireita os caminhos tortos. O caminho torto fala da vida dupla, de ausência de integridade. Deus não se contenta com a aparência, com uma máscara. João Batista veio chamar a nação a uma volta sincera para Deus, mais do que uma simplesmente uma expressão vazia da religião.

d) Ele aplaina os caminhos escabrosos. Escabroso é tudo aquilo que está fora do lugar. João Batista veio para colocar as coisas certas e exortar as pessoas a acertarem suas vidas com Deus.

O ministério de João Batista impactou a vida das pessoas. O evangelista Marcos registra este fato (Mc 1.5). A mensagem de João trouxe um profundo despertamento em toda a nação judaica.

Depois de 400 anos de silêncio profético, a mensagem de João despertou a nação de sua sonolência espiritual e trouxe uma poderosa movimentação das multidões em toda a Palestina. Ele não tinha títulos, diplomas ou quaisquer outros atrativos aplaudidos pelo mundo, mas tinha o poder de Deus e a unção do Espírito (coisa rara em nossos dias). Apesar de sua inigualável popularidade, a ponto de atrair para o deserto toda nação, parece-nos que poucas pessoas foram realmente convertidas. Devemos tomar muito cuidado de sermos iludidos pela popularidade e, confundirmos multidão congregada na igreja com genuína conversão.

Estaremos concluindo na próxima matéria om o seguinte tema: Por que João  Batista teve uma morte tão precoce?


Série João Batista o pregador do deserto (8)

 Por: Jânio Santos de Oliveira

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Vamos abordar agora o seguinte tema:

VIII.        Qual era o caráter das pregações de João Batista?

As pregações de João Batista, precursor de Jesus, tinham como caráter principal o chamamento ao arrependimento e à preparação para a vinda do Messias. Ele pregava um batismo de arrependimento, enfatizando a necessidade de mudança de atitude para o perdão dos pecados. Sua mensagem era direta e contundente, com foco na proximidade do Reino de Deus e na importância de uma vida alinhada com os princípios divinos.

O caráter das pregações de João Batista:

1.    Arrependimento e Batismo:

João Batista pregava o arrependimento dos pecados, simbolizado pelo batismo por imersão na água, como um ato de confissão e preparação para a vinda do Messias.

2.    Anúncio da vinda do Messias:

Uma parte central de suas pregações era o anúncio da vinda do Messias, o Filho de Deus, que viria realizar o julgamento e a salvação.

3.    Chamamento à mudança:

João Batista chamava as pessoas a uma transformação interior e a um estilo de vida mais justo e moral, preparando-as para receber o Messias.

4.    Voz no deserto:

João Batista pregava no deserto, um lugar que simbolizava a desolação e a necessidade de buscar a Deus, contrariando a expectativa judaica de que o anunciador do Messias viesse do templo.

5.    Repreensão e desafio:

João Batista não hesitava em repreender aqueles que não se arrependiam e em desafiar o status quo religioso e político de sua época.

Principais características de João Batista

Humilde. João declarou várias vezes que Jesus era superior a ele.

Justo e santo;

Não realizou milagres;

Usava roupas de pelos de camelo e cinto de couro na cintura. Alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre;

Jejum frequente com seus discípulos;

Personalidade forte, pregava o arrependimento dos pecados com autoridade e poder;

Anunciava a chegada do Reino de Deus;

Confessou publicamente não ser o Cristo, nem Elias;

Reconheceu Jesus como o Messias, o Cordeiro de Deus;

Profetizou o batismo de Jesus com o Espírito Santo;

Sua pregação atraía multidões ao rio Jordão para o batismo de arrependimento;

Corajoso, valente e frontal na pregação;

Repreendeu religiosos e políticos da época: "Raça de víboras", "produzam frutos que provem arrependimento; Sofreu martírio.


próximo tema: João Batista relativizou a verdade com os seus seguidores?


Série João Batista o pregador do deserto (7)

 

Por: Jânio Santos de Oliveira

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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!


Estaremos falando agora sobre o seguinte tema:

VII.           Porque João Batista ministrou no deserto?

 

A mensagem verdadeira e sem rodeios de um homem que veio para endireitar os caminhos para o Senhor. "Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 3.1-2). João Baptista ou João Batista, também chamado de João, o Batizador foi um pregador judeu, do início do século 1, citado por inúmeros historiadores, entre os quais estão Flávio Josefo e os autores dos quatro evangelhos da Bíblia.

Segundo a narração do evangelho de São Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e considerado pelos cristãos como o precursor do prometido Messias, Jesus Cristo. Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram sustentados também no cristianismo. Esta igreja formada por João Batista tinha uma mensagem forte e ungida pelo Espírito. Os judeus acreditavam na previsão de Daniel a respeito do Messias, e consideravam que a chegada desse prometido iniciaria uma nova época – a do Reino do céu.

A pregação de João é fortemente influenciada pela antevisão do "Reino do Céu". E os ouvintes acreditavam que o esperado Messias estaria para chegar e restaurar a soberania do povo que eles definiam como "escolhido", e iniciar uma nova época. A época de justiça.

João Batista influenciou tanto os pobres como os ricos de sua época com sua mensagem. No evangelho de Lucas vemos o escritor citar a conversão de publicanos, soldados.

A pergunta deles era: "Mestre, que havemos de fazer" (Lc 3.12)? A resposta de João Batista era: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus". Vinha de todas as partes e cidades circunvizinhas pessoas ter com ele. Mais a Bíblia diz que também vinha a ele os fariseus e saduceus e a estes João Batista dizia: “Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo" (Mt 3. 7-10).

Ele não tinha medo de dizer a verdade. Esta igreja frutificava por que nela as pessoas não eram acariciadas em seus pecados. Após este homem de Deus relatar o pecado de Herodes ele não era mais visto com bons olhos. "Assim, pois, com muitas outras exortações anunciava o (evangelho) ao povo; mas Herodes, o tetrarca, sendo repreendido por ele, por causa de Herodias, mulher de seu irmão, e por todas as maldades que o mesmo Herodes havia feito, acrescentou ainda sobre todas a de lançar João no cárcere". Mais para as pessoas que ouviam sua mensagem e se arrependiam ele era visto como o Messias. Chegaram a pensar ser ele o Cristo. Mais João disse: "Não eu não sou. Convém que Ele cresça e eu diminua". O sucesso da igreja de João Batista estava nesta palavra. "Que Ele cresça e eu diminua". Onde Jesus for exaltado este ministério terá um sucesso absoluto.

Devemos anunciar o evangelho que liberta e cura. Um evangelho onde o Espírito do Senhor possa dizer o que tem a dizer. Que pessoas renomadas em nossas igrejas não venham a ser impedimento algum ao evangelho. Que os pastores e lideres não tenham medo de falar o que Deus manda dizer. Por que meu irmão eu te digo uma coisa. Todo profeta é odiado em vida mais é lembrado em sua morte. Marcar seu tempo foi o que João Batista fez. Devemos ser lembrados como profetas do Senhor ainda que você não seja aceito pelo mundanismo atual. Os profetas vivem nos altos lugares na presença de Deus. Após a morte todos elogiam, mais enquanto vivem são rejeitados pela modernidade deste século.

A igreja que recebe de seu pastor ou líder o que Cristo quer dizer, é uma igreja forte que não cai diante das investidas do diabo. Então pensamos! Estamos preparando uma noiva para Cristo? Cada qual tem sua resposta com certeza. E também cada qual dará conta a Deus de sua obra. Deus nos confiou o ministério da reconciliação. Façamos como está escrito.

Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel.

Proximo tema:Qual era o caráter das pregações de João Batista?



Série João Batista o pregador do deserto (6)



 Por: Jânio Santos de Oliveira

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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Nós estaremos analizando agora o seguinte tema:


VI.             Exemplos bíblicos de verdadeiros e de falsos profetas.

 

Exemplos bíblicos:

Na Bíblia, encontramos diversos exemplos de verdadeiros profetas, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Alguns exemplos notáveis incluem Moisés, que liderou o povo de Israel para fora do Egito e recebeu os Dez Mandamentos; Isaías, conhecido por suas profecias sobre o Messias e o futuro de Israel; e Jeremias, que advertiu o povo sobre a ira de Deus e a destruição de Jerusalém. No Novo Testamento, João Batista é um exemplo de profeta que preparou o caminho para Jesus, e os apóstolos, como Pedro e Paulo, também exerceram o ministério profético.

1.    Exemplos de Verdadeiros Profetas:

Moisés:

Liderou o povo de Israel, recebeu os Dez Mandamentos no Monte Sinai e transmitiu a Lei de Deus.

Isaías:

Profetizou sobre o nascimento virginal, o sofrimento do Servo Sofredor (Jesus) e o futuro reino de paz.

Jeremias:

Advertiu sobre a destruição de Jerusalém e a importância do arrependimento, além de escrever o livro de Lamentações.

Elias:

Combateu a idolatria, realizou milagres e foi arrebatado ao céu em um redemoinho.

Eliseu:

Discípulo de Elias, continuou seu ministério profético e realizou diversos milagres.

Daniel:

Intérprete de sonhos, resistiu à pressão para adorar ídolos e profetizou sobre o futuro de reinos e a vinda do Messias.

João Batista:

Preparou o caminho para Jesus, pregando o batismo de arrependimento e testemunhando sobre a chegada do Messias.

Apóstolos (Pedro, Paulo, e demais):

Além de pregadores e ensinadores, os apóstolos também exerceram o dom profético, transmitindo a mensagem de Cristo e guiando a igreja.

Características dos verdadeiros Profetas:

Voz da Verdade:

Os profetas eram chamados para falar a verdade, muitas vezes confrontando o pecado e a injustiça, mesmo que isso lhes custasse perseguição e sofrimento.

Chamado e Vocação:

Deus escolhia e chamava os profetas para uma tarefa específica, dando-lhes autoridade e poder para falar em Seu nome.

Conexão com Deus:

Um verdadeiro profeta tinha uma profunda intimidade com Deus, buscando Sua orientação e revelação.

Frutos:

Os profetas eram conhecidos por seus frutos, ou seja, pelo impacto positivo que tinham em suas vidas e na vida daqueles a quem serviam.

Como Identificar um Verdadeiro Profeta:

A Bíblia nos ensina a discernir entre profetas verdadeiros e falsos. Algumas maneiras de identificar um verdadeiro profeta são:

Concordância com as Escrituras: Suas mensagens devem estar em plena harmonia com a Palavra de Deus já revelada.

Honra a Deus: Um verdadeiro profeta glorifica a Deus e não busca a própria glória.

Cumprimento das Profecias: Suas previsões devem se cumprir conforme o que foi dito.

Frutos: Suas ações e o impacto que causam devem refletir o caráter de Cristo e edificar a comunidade.

Micaías um exemplo de profeta impopular, mas aprovado por Deus.

Quem Foi o Profeta Micaías?

Micaías é uma figura proeminente na Bíblia, conhecido por sua coragem em proclamar a verdade, mesmo diante de pressões políticas e sociais significativas. Ele atuou durante o período dos reis Acabe e Josafá, em um momento em que a idolatria e as falsas profecias eram comuns.

Origem e Contexto

Micaías, filho de Inlá, apresenta-se em cena em 1 Reis 22:13-28, onde se destaca por sua fidelidade inabalável ao Deus de Israel. Ao contrário dos muitos profetas da época que falavam apenas o que era desejado pelos ouvidos dos reis, Micaías permaneceu comprometido com a verdade.

Enquanto vivia em um tempo de grande turbulência e incerteza política, ele era visto como uma voz de integridade. Sua audácia em falar a verdade, independentemente das consequências, é um testemunho de sua profunda fé e compromisso com sua missão profética.

A Bíblia relata que, quando o rei Acabe desejava ir à guerra contra Ramote-Gileade, ele e o rei Josafá buscaram os conselhos dos profetas. Todos, exceto Micaías, previram sucesso. Contudo, Micaías alertou que a guerra resultaria em desastre para Acabe, o que acabou se revelando verdadeiro. Sua fidelidade em transmitir a mensagem divina correta demonstra sua integridade e corajosa adesão à verdade divina.

Micaías ilustra bem o papel de um verdadeiro profeta: ser um canal fiel das mensagens de Deus, independentemente das reverberações sociais e políticas. Sua postura serve como exemplo de resiliência e fé inabalável, estabelecendo um padrão de honestidade e diligência ao serviço divino, mesmo diante de adversidade.

A Coragem de Micaías Diante do Rei

Micaías destacou-se por sua coragem inabalável diante do rei de Israel. Quando convocado, ele confrontou uma sala cheia de profetas que prenunciavam vitória ao rei, compondo o cenário desafiador onde Micaías demonstrou sua fidelidade à verdade. Enquanto os outros profetas, orientados não pela verdade divina, mas sim por interesses pessoais e políticos, buscavam agradar o monarca, Micaías seguia firme em transmitir a verdadeira mensagem que recebera de Deus.

Com uma sabedoria singular, Micaías ilustra a importância de permanecer fiel à mensagem autêntica, mesmo frente à poderosa pressão dos governantes e da opinião maioritária que ecoava em uníssono enganoso. Sua história é um exemplo claro de como um compromisso com a verdade requer bravura, especialmente em um contexto onde a maioria opta pelo que é conveniente em detrimento do que é correto.

O profeta compreendia que sua lealdade não era ao poder humano, mas sim à justa mensagem divina que deveria ser proclamada sem alterações.

Ele não só enfrentava a desaprovação do rei, mas também o risco de represálias severas.

Contudo, Micaías aceitava as possíveis consequências de sua ousadia, mostrando que a verdade não é apenas uma escolha, mas uma missão que exige sabedoria e integridade para ser cumprida corretamente.

2.    Exemplo de profeta popular, mas reprovado por Deus.

 Um exemplo clássico de profeta que foi popular, mas rejeitado por Deus, é Hananias, um falso profeta que viveu durante o reinado de Jeoaquim, em Judá.

Hananias era conhecido por pregar mensagens enganosas e pacifistas, prometendo o retorno dos objetos do templo e dos exilados de Babilônia. Jeremias, o profeta de Deus, confrontou Hananias e denunciou suas palavras falsas, levando Hananias a perder a credibilidade junto à população e a sofrer a rejeição divina.

Outros exemplos de profetas popularmente aceitos, mas que desagradaram a Deus:

Além de Hananias, o livro de Jeremias menciona outros profetas que enganavam o povo com falsas promessas e mensagens que não refletiam a verdade de Deus.

Rei Saul:

Saul, o primeiro rei de Israel, também se tornou popular ao desafiar a autoridade de Deus, dando preferência à opinião popular em vez de obedecer aos mandamentos divinos.

3.    Os Falsos Profetas da Época de Micaías

Micaías viveu em um momento crítico, em que a influência de falsos profetas era predominante. Esses profetas eram aqueles que falavam o que os poderosos queriam ouvir, muitas vezes motivados por ganho pessoal ou pressão política. Eles não tinham verdadeiro compromisso com a verdade e buscavam apenas agradar a corte real ou receber benefícios pessoais.

No contexto bíblico, muitos desses profetas falsos alegavam ter mensagens de Deus, mas suas profecias frequentemente contradiziam as palavras dos verdadeiros mensageiros de Deus, como Micaías. Esses indivíduos contribuíam para a disseminação de falsas esperanças e segurança falsa.

Durante o reinado de Acabe, por exemplo, a corte estava repleta de profetas que afirmavam prever vitórias em guerras e prosperidade contínua, mesmo quando o cenário não era favorável. Micaías, por outro lado, não se amedrontava em contradizer essa multidão, mesmo diante de ameaças. Ele permanecia fiel à sua missão de transmitir a mensagem que acreditava ser a única verdadeira.

O desafio trazido pelos falsos profetas era claro: discernir a verdade no meio de informações conflitantes. Neste sentido, Micaías simboliza a integridade e o compromisso com a verdade acima dos interesses mundanos. Essa situação não só testava a coragem e a fé de Micaías, mas também oferecia uma visão sobre como a distorção da verdade pode ter consequências devastadoras.

A presença maciça de falsos profetas naquela época demonstra uma tendência humana de buscar a confirmação de suas próprias ideias, evitando confrontar-se com a realidade. Esse contexto vivido por Micaías oferece lições atemporais sobre discernimento e a importância de buscar a verdade genuína, mesmo quando ela é impopular ou desconfortável.

Micaías foi um profeta cujo legado se destaca pela perseverança em falar a verdade, mesmo frente à pressão de poderosos. Ele nos ensina que manter a integridade é essencial, especialmente quando a verdade é impopular. Em um tempo repleto de falsos profetas, a coragem de Micaías serviu como um farol de verdade e justiça. Ao proclamar a palavra de Deus, ele não se curvou diante da autoridade terrena, mas escolheu falar com precisão e honestidade. Esta postura de Micaías nos ensina a importância de confiar na verdade acima de nossas conveniências pessoais.

Micaías mostra que não devemos nos deixar enganar por números ou aparências. Ele se levantou sozinho contra quatrocentos falsos profetas, mostrando que a verdade de Deus possui uma força que não necessita de grande número para ter impacto. Sua história ilustra a função importante da verdade em corrigir e redirecionar ações, independente da oposição. Tal sabedoria implica que devemos sempre buscar clareza e discernimento no que acreditamos ser verdadeiro.

Em resumo, o conteúdo das profecias e a sua concretização têm um impacto significativo na popularidade e reputação de um profeta. Se as profecias forem positivas e se cumpram, o profeta tende a ser popular e respeitado. No entanto, se as profecias forem negativas ou não se cumpram, o profeta pode perder popularidade e ser visto com desconfiança ou até mesmo rejeição.

Próximo tema:  Porque João Batista ministrou no deserto?


Série João Batista o pregador do deserto (5)

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Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor!

Nós vamos analisar agora o seguinte tema:

V.                O que pode tornar um profeta popular ou impopular?

O conteúdo das profecias pode certamente impactar a popularidade de um profeta. Se as profecias forem positivas e se cumpram, o profeta pode se tornar popular e admirado. No entanto, se as profecias forem negativas ou não se cumpram, o profeta pode perder popularidade e ser visto com desconfiança ou até mesmo rejeição.

Profecias positivas e populares:

Quando as profecias de um profeta preveem eventos positivos, como prosperidade, paz ou a chegada de um messias, ele tende a ser visto como um líder inspirador e a sua mensagem é bem-vinda pela comunidade. Se essas profecias se concretizarem, a popularidade do profeta pode aumentar ainda mais, tornando-o uma figura de referência.

Profecias negativas e impopulares:

No entanto, se as profecias forem de natureza negativa, como calamidades, catástrofes ou o fim do mundo, elas podem gerar ansiedade, medo e desconfiança na população. Se essas profecias não se concretizarem, o profeta pode ser visto como falso e sua popularidade pode diminuir drasticamente, especialmente se ele tiver um histórico de profecias não cumpridas.

Cumprimento e impacto:

O cumprimento das profecias, seja de forma positiva ou negativa, tem um impacto significativo na popularidade do profeta. Se as profecias se concretizarem, a sua reputação é fortalecida, enquanto que se não se concretizarem, a sua credibilidade é comprometida.

Papel da fé e interpretação:

É importante notar que a percepção e interpretação das profecias podem variar entre diferentes indivíduos e grupos religiosos. A fé e a crença na capacidade profética podem influenciar a maneira como as pessoas reagem às profecias, mesmo que elas não se cumpram.

O que diferencia os profetas legítimos dos falsos:

·       Mensagem de Deus

Os profetas de Deus transmitem a mensagem divina, que é de arrependimento, justiça e esperança. Os falsos profetas, por outro lado, oferecem mensagens que confortam e encorajam o pecado, buscando o apoio da população.

·       Obediência

Os profetas legítimos são obedientes a Deus em tudo, mesmo quando suas palavras são difíceis ou desagradáveis para o povo. Os falsos profetas, no entanto, priorizam a opinião pública e o seu próprio benefício, ignorando a voz de Deus.

·       Credibilidade

A credibilidade de um profeta não se baseia em sua popularidade, mas em sua fidelidade a Deus e na veracidade de sua mensagem.

 Acredite em Deus acima da opinião pública, mesmo quando for diferente.


Próxima matéria Exemplos bíblicos de verdadeiros e de falsos profetas.


Série João Batista o pregador do deserto (4)

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Neste seguimento estaremos analisando o seguinte tema:


IV.             Como saber se o profeta é verdadeiro o falso

 

Para discernir entre um profeta verdadeiro e um falso, é fundamental analisar seus ensinamentos, ações e frutos. A Bíblia nos ensina a testar o espírito dos profetas, verificando se seus ensinamentos estão alinhados com a Palavra de Deus e se seus frutos são de amor, alegria, paz e outros frutos do Espírito.

1. Verificação dos Ensinamentos:

A. Alinhamento com a Palavra de Deus:

Um verdadeiro profeta jamais contrariará as verdades bíblicas. Se um profeta ensinar algo que contradiga a Bíblia, é um sinal claro de falso profeta.

B. Ensino da Verdade:

Um verdadeiro profeta sempre ensinará a verdade, buscando a transformação e o crescimento espiritual dos ouvintes. Falsos profetas podem usar ensinamentos enganosos ou hipócritas para fins pessoais.

2. Análise das Ações:

A. Bom Fruto:

Jesus ensina que os falsos profetas podem se disfarçar de ovelhas, mas seus frutos revelarão a sua verdadeira natureza. Ações de amor, bondade e paz são sinais de um profeta verdadeiro, enquanto atos de egoísmo, ganância ou manipulação indicam um falso profeta.

B. Humildade e Servidão:

Um verdadeiro profeta será humilde, servindo a Deus e aos outros. Falsos profetas podem buscar fama, poder ou dinheiro.

C . Testes Bíblicos:

A Bíblia nos ensina a testar o espírito dos profetas. Se a profecia não for cumprida, ou se contrariar a Palavra de Deus, é um sinal de que o profeta é falso.

3. Semelhança com Profetas Anteriores:

Um verdadeiro profeta falará de acordo com a tradição de profetas anteriores e não introduzirá ensinamentos que contradigam a palavra de Deus, ou seja, a Torá.

A.     Cuidado com a Manipulação:

Ações de ganância, manipulação, medo ou autoritarismo são sinais de alerta para falsos profetas.

B.    Enganar para Benefício:

Falsos profetas podem usar a fé para fins pessoais ou para obter vantagens.

Em resumo, ao analisar cuidadosamente os ensinamentos, as ações e os frutos de um profeta, é possível identificar um verdadeiro profeta que busca a transformação e o crescimento espiritual, e um falso profeta que visa o próprio benefício.

O falso profeta propaga ensinos antagônicos às Escrituras

Um falso profeta é aquele que afirma falar em nome Deus, sem contudo representar Deus ou mesmo pertencer a Ele. Além disso, um falso profeta propaga ensinos antagônicos às Escrituras, tomando para si uma autoridade que não lhe pertence, afirmando ser aquilo que Deus diz que Ele não é.

Sobre eles, Jesus disse: “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7:15-20).

Já Paulo escreveu: “Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais não servem a Cristo nosso Senhor, mas ao seu ventre; e com palavras suaves e lisonjas enganam os corações dos inocentes” (Rm 16:17-18).

Pedro disse: “Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pe 2:1).

Veja as 10 características de um falso profeta:

1. Um falso profeta relativiza as Escrituras. Para um falso profeta, a Bíblia não é a Palavra de Deus. Para este, as Escrituras são falíveis e não devem servir como plena referência para o cristão.

2. Um falso profeta fala mais em dinheiro do que em Cristo. Um falso profeta comercializa o evangelho e vende as bênçãos de Deus mediante ofertas extravagantes.

3. Um falso profeta considera sua palavra inquestionável, colocando suas profecias e revelações em pé de igualdade com as Escrituras.

4. Um falso profeta anuncia, prega e proclama um evangelho absolutamente antropocêntrico.

5. Um falso profeta interpreta as Escrituras segundo a ótica do seu “próprio umbigo”, relativizando o absoluto e inventando doutrinas segundo os desejos de seu coração.

6. Um falso profeta prega o evangelho da confissão positiva, negando a possibilidade do sofrimento e anunciando um cristianismo desprovido da cruz.

7. Um falso profeta sincretiza o evangelho, miscigenando a fé, introduzindo doutrinas espúrias às verdades inquestionáveis da Bíblia.

8. Um falso profeta tem sede de poder, vive pelo poder e ama o poder.

9. Um falso profeta se considera melhor do que os outros e, em virtude disso, distinguir-se do rebanho, criando e fabricando novos títulos eclesiásticos.

10. Um falso profeta fala de Cristo, entretanto o nega; prega sobre Cristo, mas não o conhece; fala em nome do Espírito Santo, sem, contudo ter sido regenerado por ele.

Características de um verdadeiro profeta

O ministério profético tem de ter uma vitalidade positiva, isto é, o profeta precisa enxergar uma saída gloriosa, ainda que veja tudo nebuloso à sua frente.

As críticas amargas indicam que a pessoa que julga ter um ministério profético não conseguiu visualizar nem perceber a essência do coração de Deus que é a restauração do homem e a vinda de um reino glorioso.

Sim, porque os profetas bíblicos que previram destruição, abandono, cativeiro e guerras sempre abriram diante de seus ouvintes uma fresta que os permitia vislumbrar a solução e a restauração. O Deus que fere é apresentado como o Deus que cura.

O profeta anuncia alguma coisa e o que ele prevê acontece. Seja este um profeta de Deus, um profeta que profetiza por si mesmo ou um profeta do diabo. Nas escrituras encontramos profetas que usavam destas três fontes: a divinal, a pessoal e a diabólica. E mesmo os profetas que nada tinham a ver com Deus e sua palavra fizeram previsões que aconteceram ao longo dos séculos, mas, o que diferencia um profeta comum de um profeta de Deus? Profetas existiram que anunciaram acontecimentos que se cumpriram, e, no entanto, não eram profetas de Deus. O que diferencia um profeta de Deus, então, desses profetas mundanos?

1. O profeta que fala da parte de Deus tem um profundo senso de justiça social. A paixão pela justiça social mantinha o profeta de Deus atento às necessidades das pessoas. Os profetas de hoje que pensam apenas em si mesmos, em prosperidade, riquezas, em serem milionários e prósperos, ainda que falem da parte de Deus, não são verdadeiros profetas porque perderam de vista a justiça social. O pobre, o injustiçado, o sofredor, o perseguido, o sem-terra, o sem-teto e aqueles que são vítimas dos sistemas políticos e judiciais precisam ser acolhidos na igreja e defendidos pelo verdadeiro profeta. O verdadeiro profeta não consegue ser amigo de políticos, de governadores e do Presidente da República, porque sempre encontrará pontos divergentes entre a política e a justiça social.

2.  O verdadeiro profeta tem sempre em mente o eterno propósito de Deus. Sempre que adverte uma nação ou uma igreja ele o faz sob a ótica do propósito eterno de Deus, e não sob a ótica dos interesses humanos, denominacionais ou políticos. E se prepara para o choque, porque a mensagem de Deus sempre bate de frente com o interesse dos homens. Sua palavra está sempre alinhada com o plano do Eterno e não com os planos dos homens.

3. O profeta de Deus sabe que a graça de Deus tem como finalidade a justiça. Isto é, Deus se mostra gracioso para com o ser humano sem abrir mão da justiça que lhe é inerente. Graça e justiça andam de mãos dadas com o otimismo profético.

4. O verdadeiro profeta sabe que Deus não favorece apenas judeus, mas todos os povos de todas as nações. Por isso nos cânticos do Apocalipse Jesus é exaltado por gente que procede de todas as línguas, povos tribos e nações, e não apenas judeus. O profeta que defende apenas interesses dos judeus não é profeta bíblico, porque o verdadeiro profeta vê Deus reinando sobre todos os povos da terra, independente de cor, raça e nação.

5. O profeta de Deus é sempre otimista e, às vezes esse otimismo profético o leva a cometer exageros, a errar em algumas previsões, sem nunca, no entanto, abandonar sua comunhão com Deus e a verdade. Ele sempre vê o futuro glorioso, e isto fazia a diferença entre os profetas hebreus e os profetas das nações da época. Deus tem um fim glorioso para o planeta Terra e tem um fim glorioso para toda a humanidade e seu senso de justiça é que o impele a revelar sua graça e sua misericórdia.

Os “nãos” que Habacuque recebeu de Deus dariam a ele razões de sobra para se sentir amargo e desanimado, no entanto, depois de tantas respostas negativas de Deus às suas perguntas Habacuque não enxerga o futuro sob a ótica do pessimismo, mas vê o sol da esperança brilhar no horizonte.

“Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não deem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao Senhor e louvarei a Deus, o meu Salvador. O Senhor Deus é a minha força. Ele torna o meu andar firme como o de uma corça e me leva para as montanhas, onde estarei seguro” (Hc 3.17-19)

O profeta denuncia, mas prova com seu viver e com seu testemunho de vida que suas denúncias não são retóricas nem teóricas, mas fruto da revelação que tem de Deus.

Você anela o ministério profético? Então, pense na vida de renúncia que o espera pela frente.

Próximo tema: O que pode tornar um profeta popular ou impopular?